quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O que fazemos da literatura?

Sabe, muitas vezes me perguntei se realmente era viciado em literatura ou não, conclusão, não consegui responder a tão latente questionamento, o que sei é que não me aparto dos prazeres e vícios do espírito, como por exemplo morder nos lábios da arte literária, inclusive disso faço é me vangloriar, cantar de galo no lado místico da coisa também é uma forma de me ver como um viciado literário, pois de nada adiantaria os valores teatrais que adiquiri ao decorrer de páginas a fio, se não pudesse usufruir deles, o grande problema, digo assim por não saber como chamá-lo, seria a forma como o faço, as vezes, deixando de lado até a minha idoneidade, mas, tanto faz, afinal, o que é uma porra de moral se não sabermos como cultivá-la?

Ah, bem sei que nem todos se perguntam a quantas anda a vida quando acordam e se olham no espelho, pois já se acostumaram com as várias garantias de vida sedentária(intelectualmente), comem sanduíche e vão deitar, assistem tv e riem das coisas pré-progamadas, afinal, eles têm bom senso, eles usam a moral e eu não!

Mas, o que não sabem é que são tão burros, que nem todo o lixo que assistem e comem fazem com que se tornem mais sensatos e moralistas, pois a moral a muito se extinguiu e hoje seguimos a sombra do que um dia foi a humanidade, somos vermes de um queijo que pouco a pouco apodrece mais e mais, nos deixando também podres e raquíticos, afinal, como a própria Clarice disse, quem nunca se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?

Claro que apesar de ler e sentir o que sinto, não consigo responder a tal pergunta, o que sei é que, neste pouco conhecimento que obtenho, não me julgo feliz, nem intelectual, nem ser-humano, nem nada, só uma pessoa que gosta de literatura e ponto torto. Afinal, gostar de literatura hoje é um suicídio social.

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