domingo, 6 de fevereiro de 2011

Subfundamentos da escrita: uma dialética do conhecimento.

    





    Poucas vezes, caros leitores, vi tamanho bom gosto no que diz respeito ao aprimoramento e uso da escrita para dar origem a um trabalho tão bem feito e, intelectualmente falando, composto.

   O fato é que o livro lançado pela editora Taba cultural, intitulado “Subfundamentos da escrita”, cuja autora, Regina Souza Vieira, tradutora e também poetisa, além de criticamente engajada no que concerne ao cenário literário, conseguiu dar voz a uma espécie de obra que, definiria, se a honra me fosse dada, como uma dialética do conhecimento e, também, como um manual para o entendimento das coisas não palpáveis e misteriosas que envolvem os estudos e a compreensão da literatura.


   O livro reúne artigos e opiniões bastante interessantes para o aprofundamento do estudo da escrita e de suas veredas socioculturais, dando forma ao conhecimento acadêmico, agindo, acima de tudo, como um formador e modelador de uma subjetividade sociobjetiva na qual, a escrita, a literatura e outras formas de comunicação verbal se tornam um através do empenho que toda leitura tem em agir na formação de uma consciência crítica.

   Talvez, minhas poucas palavras não sejam, caros leitores, suficientemente bem postas de forma que eu traduza toda a beleza(e digo beleza não pelo que apresenta-se bem escrito, mas, sim, pela forma como o conhecimento é transposto) da escrita que nos é revelada através de um título tão despretensioso, “Subfundamentos da escrita.” São por esses e outros motivos que me recuso a escrever mais, prefiro que cada leitor e/ou cada pessoa interessada pela temática, revele à própria alma, não espelhos opinativamente sedimentados, mas reflexos ideologicamente modificados com o conhecimento posto no livro de Regina. 

   Não se preocupem, não mais encherei vossos ouvidos com minhas ideologias, amigos leitores, tenho medo das palavras prostituírem-se com minhas impressões, quero que vocês mesmo criem e modifiquem suas opiniões, pois leitura é isso, ler, reagir, modificar, ou seja, plurissignificar-se na própria ideia de plurissignificação.

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